17 de março de 2010

PAIXÕES - III -

Quando se está apaixonado tudo tem outra dimensão, desde nossas críticas quanto nossos anseios. Perdemos um pouco da exata medida das coisas, nos condicionamos ao efeito que essa "droga" nos proporciona. No entanto, toda a droga, depois da euforia, nos traz a "ressaca" decorrente da abstinência.

Sejamos 100% honestos conosco mesmo, vamos admitir nossas angústias, nossas frustrações, assim, e só assim, iremos purgar o ópio da alma. Me refiro a isso quando se perde ou se acaba uma paixão, ou pior, quando não se concretiza uma.

Agora, se conseguimos manter o "vício", devemos saber que sempre há consequências, e quanto maior a dose, maior a "ressaca", melhor mesmo é manter-se ébrio, nesse caso.

"Gosto do teu gosto! Gostei de gostar. Agora, não gosto mais do teu gostar!" E tudo se desmancha como um papiro no vinagre (como no criptex descrito por Dan Brown).

Por quê? Se queremos é o prazer, nada mais que o prazer. Quem tem o direito de nos subtraí-lo? Os maus? Será? Vamos culpar alguém? Eu? Você? Perguntas não satisfazem, as respostam não convencem...

Sublimação! Será essa a saída? Talvez pra mim e não pra você, ou vice-versa. E se não era paixão, foi apenas um agridoce engano...

Bem, sempre é tempo de pensar, corrigir imperfeições, se permitir errar ou acertar denovo, (particularmente não ajo assim) mas é isso, altos e baixos no embalo do incerto e apaixonante mistério dos realcionamentos.

Desta forma encerro o capítulo "paixões". Se há mais a dizer? Sim, mas nas entrelinhas que só um toque, um olhar ou um suspiro podem traduzir!

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